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Persona: A Grande Farsa do Marketing. Persona Non Grata

Marketing Digital • 53 min read • 10/09/2023 02:48:45 • Escrito por: webisaac

Índice e resumo infográfico do artigo

Persona: A Grande Farsa do Marketing

A Persona de verdade não é bem o que você aprendeu nos blogs de marketing

Parece polêmico e é. Uma provocação para nos fazer pensar em um dos fundamentos do marketing: a segmentação.

Durante essa leitura, vai descobrir como o uso do Big Data combina as segmentações geográfica, demográfica, psicográfica e comportamental para formar a Persona do Cliente Individual para o marketing one to one, conforme Kotler, Kartajaya e Setiawan (2021, p.174)

Isso é chamado de marketing individualizado ou ultra personalizado e é o ápice da segmentação. 

"O database marketing monitora de perto os hábitos de compra de consumudores específicos e desenvolve produtos e mensagens que são adaptados exatamente aos desejos e necessidades das pessoas com base nessas informações."

Michael R. Solomon

Solomon (2016, p.11)
Livro: O coportamento do consumidor: Comprando, possuindo e sendo.

Até aqui, já deve ter percebido que Big Data não era um termo muito ou nada usado junto com Persona e nem era um pré-requisito para se ter uma Persona, certo?

Pois é, por isso você aprendeu tudo errado sobre Persona e vou te explicar ainda melhor o que é a verdadeira Persona(lização um para um).

"Persona, aqui entendida, é a sigla para Personalização do Cliente Individual ou Personalização um para um, não é a Persona do senso comum aprendida nos blogs de marketing."

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Isaac Batista
Consultor de Marketing e Especialista em Data Science

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Continue lendo! Garanto que esse conhecimento vai mudar sua vida de marketeiro.

Um equívoco comum sobre a Persona do senso comum aprendida nos blogs de marketing

Um dos equívocos mais comuns de quem defende ou aprende sobre Persona nos blogs de Marketing diz respeito ao Público-alvo e Segmentação. Consideram que Persona é:

  • algo melhor;
  • mais evoluído e 
  • que segmentação e público-alvo é coisa do passado, algo sem utilidade já que descobriram a fórmula mágica da segmentação: Persona.

Mas isso está muito errado de várias formas. Um grande equívoco que leva muitos profissionais a cometerem erros graves de estratégia e execução em marketing.

Diferença fundamental entre Segmentação e Público-alvo

Segmentação de Mercado

Segmentação é o processo de dividir um mercado em grupos de consumidores potenciais com necessidades, desejos, percepções de valores ou comportamentos de compra semelhantes

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Churchill & Peter (2000, p.11)
Livro: Marketing: Criando Valor para o Cliente

"Quando uma organização utiliza estratégias de segmentação de mercado, ela direciona seu produto, serviço ou ideia apenas para grupos específicos de consumidores, e não todos - mesmo que isso implique não atrair outros consumidores não pertencentes ao mercado-alvo."

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Solomon (2016, p.6)
Livro: O coportamento do consumidor: Comprando, possuindo e sendo.

Tipos de segmentação de mercado

Conforme Kotler e Keller (2018, p.292-298), as empresas pode adotar quatro níveis de segmentação:

  • marketing de massa ou cobertura total de mercado,
  • marketing de segmento ou especialização em segmentos múltiplos
  • marketing de nicho ou especialização em segmentos únicos
  • marketing individual ou indivíduos como segmentos. 

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Segmentação de Massa ou Cobertura Total de Mercado

A começar pela segmentação de massa, a empresa concentra seus esforços na produção, distribuição e promoção em massa de um ou mais produtos para atingir todos os compradores.

De acordo com Kotler e Keller (2018, p.292), somente grandes empresas como a Microsoft, General Motors e Coca-Cola conseguem empreender uma estratégia de cobertura total de mercado.

O marketing de massa tem a vantagem de criar um maior potencial de mercado, reduzir custos e, consequentemente, aumentar as margens de lucro. 

Vamos falar de um exemplo prático. Imagine que uma empresa de produtos de beleza internacional que esteja lançando uma nova linha de maquiagem aqui no Brasil para todas as mulheres, ignorando a diferença entre esse segmento.

Essa empresa poderia lançar vários produtos voltados a todos os segmentos de mulheres do país, através da marketing diferenciado. De tempos em tempos, ela pode aprimorar o design, a determinação de preço, o lançamento e a entrega do produto, além de ajustar o plano e as atividades de marketing para espelhar o marketing da concorrência. 

No caso da empresa decidir que precisa fazer uma campanha nacional para todas as mulheres do país para divulgar seu novo produto, usaria o marketing de massa para isso.

Macro Segmentos, Segmentos Múltiplos ou Marketing de Segmento

“Um segmento de mercado consiste em um grande grupo que é identificado a partir de suas preferências, poder de compra, localização geográfica, atitudes de compra e hábitos de compra similares”. 

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Kotler (2002, p.278)
Livro: Administração de marketing: a edição do novo milênio

As pessoas diferem em seus desejos, poder de compra, localização geográfica, atitudes e hábitos de compra. As empresas estão buscando isolar segmentos amplos que formam um mercado e personalizar seus produtos para atender a esse mercado, uma vez que os consumidores têm desejos e necessidades bastante semelhantes, mas não são iguais.

O marketing de segmento não é tão preciso quanto o marketing individual, mas é muito mais preciso do que o marketing de massa.

Mediante essa segmentação, a empresa poderia executar estratégias distintas para mulheres jovens e mulheres maduras. Essa subdivisão, ainda que macro, já distingue melhor o público e facilita a execução mais direcionada de táticas e ações comunicacionais diferentes para cada grupo, tendo como base a idade ou faixa etária, por exemplo. Veremos outros variáveis demográficas mais abaixo.

Marketing de nicho ou especialização em segmentos únicos

É o processo de direcionar-se para um segmento de mercado relativamente pequeno com um composto de marketing especializado (PENNY M. SIMPSOM, 2001).

Nicho é um grupo mais restrito de compradores. As empresas identificam nichos dividindo um segmento em vários subsegmentos. Os nichos de mercado são bem menores. As empresas de nichos conhecem melhor as necessidades de seus consumidores.

Em relação ao nosso exemplo, a empresa poderia ter realizado uma pesquisa mais aprofundada e descoberto que:

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1 No segmento de mulheres mais maduras, os produtos mais valorizados são voltados ao anti-envelhecimento e estão dispostas a gastar 2x mais que as mais jovens. Além disso, descobriram que no sul e sudeste do país há uma maior demanda por esses produtos que nas outras regiões.
Portrait of a young attractive woman making selfie photo on smartphone isolated on a white background
2 No segmento das mulheres mais jovens, os produtos mais valorizados  são os que possuem dupla funcionalidade, com mais opções de cor e que ajudem a melhorar a auto-estima.

Esses dois segmentos são nichos porque, dentre os segmentos de mulheres jovens e maduras, se encontrou dois necessidades e desejos muito específicos que diz respeito somente há uma parcela pequena do público de mulheres, tanto jovens como adultas.

O segmento de mercado atrai vários concorrentes, enquanto o nicho atrai apenas um ou alguns concorrentes.

O marketing de nicho requer descentralização em algumas práticas da empresa.

Marketing Individual ou indivíduos como segmentos

É o processo de direcionar-se a consumidores individuais e personalizar os esforços para cada um deles. Esse é o segmento mais subdividido possível. É o segmento de um comprador, marketing personalizado ou marketing um-a-um.

Quanto mais micro a segmentação, mais a abordagem de marketing será correspondida, porém mais difícil será a execução.

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Kotler, Kartajaya e Setiawan (2021, p.170)
Livro: Marketing 5.0

No nosso exemplo anterior, através de análise das campanhas, vendas e atendimento ao cliente, a empresa descobriu que as mulheres maduras:

  • Tendem a gastar mais e com maior frequência que as jovens. 
  • São mais responsivas às estratégias de indicação. 
  • São as advogadas da marca.
  • Respondem melhor aos anúncios em vídeo.
  • Pesquisam online, mas preferem experimentar os produtos na loja física, antes de comprar pela primeira vez. Depois, compram mais pela internet.

Com base nessas informações, a empresa direciona suas ações de marketing e vendas de uma forma mais individualizada e assertiva, no contexto certo do cliente. 

É nesse tipo de marketing personalizado que a Persona do Cliente Ideal acontece.

Público-alvo

Consiste em um conjunto de compradores que possuem necessidades e/ou características comuns àquelas que a empresa ou organização decide atender.

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Kotler & Armstrong (2007)
Livro: Princípios de Marketing

Após identificar segmentos de mercado potenciais, uma empresa deve decidir quantos e quais deseja focar.

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KOTLER e KELLER (2018, p.290)
Livro: Administração de marketing

Dessa forma, o público-alvo ou target é o segmento que a empresa decide atender porque seu produto e serviço gera ou tende a gerar mais valor, conforme Solomon (2016, p.80), atendendo aos seus desejos e necessidades. 

Critérios a serem avaliados antes da escolha do Público-alvo

Além de gerar valor, antes de escolher o Público-alvo, outros 5 pontos importantes para a escolha são abordados pelo Kotler e Keller (2018, p.290-291):

Mensuráveis
Mensuráveis. O tamanho, o poder de compra e as características dos segmentos devem ser passíveis de mensuração
Substanciais
Substanciais. Os segmentos devem ser grandes e rentáveis o suficiente para serem atendidos.
Acessíveis
Acessíveis. Deve ser efetivamente possível alcançar e atender ao segmento.
Diferenciáveis
Diferenciáveis. Os segmentos são conceitualmente distintos e respondem de maneira diferente a cada elemento e programa do mix de marketing. 
Acionáveis
Acionáveis. Deve ser possível desenvolver programas efetivos para atrair e atender aos segmentos

Sendo assim, é de suma importância ponderar sobre os critérios acima e ver se vale a pena o esforço para escolher esse público.

Critérios a serem avaliados após a escolha do Público-alvo

Após a escolha, os autores também sugerem que sejam avaliados as características que  tornam o público-alvo atrativo, como:

  • tamanho,
  • crescimento,
  • lucratividade,
  • economias de escala e
  • baixo risco;
  • e se esse investimento condiz com seus objetivos, competências e recursos.

Alguns setores atrativos podem não estar alinhados com os objetivos de longo prazo da empresa ou ela pode não possuir as competências necessárias para oferecer um produto de alto valor agregado.

Formas de segmentar o Público-alvo

Embora existam mais formas de segmentar, vejamos as 4 mais comuns, conforme Kotler, Kartajaya e Setiawan (2021, p.171):

  • Segmentação por demografia
  • Segmentação por geografia

  • Segmentação por psicografia e
  • Segmentação por comportamentos.
     

A seguir, veremos a definição de cada uma dessas segmentações. Mas, por hora, conseguiu perceber a diferença entre Público-alvo e Segmentação?

Conclusão sobre Público-alvo

Quando mais restritivo o grupo, maior o poder de segmentação e maior a complexidade para planejar, criar e executar ações de marketing integradas. A dificuldade comunicacional cresce do micro para o macro.

Por isso, a criação de Persona do Cliente Individual não é  trivial e não pode ser realizada simplesmente com a ajuda de uma ferramenta de criação de personas como se vê por aí (nos blogs de marketing).

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Pronto! Acabamos de ver a diferença entre Público-alvo e Segmentação. Porém, antes de continuar e entendermos como as 4 principais segmentações formam a Persona do Cliente Individual, é importante definirmos:

As premissas fundamentais sobre Persona(lização)

1ª Premissa: Persona é uma combinação de 4 segmentações já existentes

Persona é a combinação sistemática e tecnológica das 4 principais técnicas de segmentação: geográfica, demográfica, psicográfica e comportamental. 

Sistemática porque o processo de criação precisa seguir um fluxo lógico, processual, metódico, dentro de um sistema.

Tecnológica porque a sistematização acontece por meio de alta tecnologia, devido ao poder computacional que demanda.

2ª Premissa: Persona é uma segmentação complementar

Persona não substitui o processo de segmentação para definição de segmentos ou de um segmento-alvo, é um conceito complementar, formado pela junção de 4 tipos de segmentação ditos anteriormente.

3ª Premissa: Persona é complexa de criar e difícil de executar

Personas são segmentos de um, complexas para criar e difíceis de executar.

Como veremos, a criação é realizada por meio de técnicas de Data Science com o uso de Big Data para formar o database marketing (Solomon, 2016).

A execução pelos profissionais de marketing exige alto conhecimento técnico e tecnologias que nem sempre estão ao alcance das organização ou dos profissionais, seja pelo custo ou pela complexidade de implementação (Nino, 2023).

4ª Premissa: Persona é concebida exclusivamente pelo uso de Big Data

A aplicação concreta da Persona só é possível através de técnicas de Data  Science e Big Data, além de profissionais altamente qualificados.

5ª Premissa: A Persona do senso comum é uma simplificação errada de segmentação

O que aprendeu sobre persona nos blogs de marketing é uma simplificação da segmentação e não um "algo a mais" conforme apontam.

Não há bases científicas que apontem a eficácia da Persona do senso comum para segmentação.

Agora, tendo estabelecido as premissas básicas, veremos o que de fato é a Persona do Cliente Individual ou Segmentos de Um no contexto do marketing individualizado e ultra personalizado.

Como percebeu, estamos desconstruindo a Persona do senso comum e introduzindo um novo conceito que está ligado à ultra personalização e ao marketing um para um.

Voltando a Platão, é preciso jogar luz nas Personas. O que é falado por aí e, eventualmente, tem algum sentido, é porque já é previsto em Marketing (como em segmentação ou definição de público-alvo). O resto é invenção de quem ainda está preso na caverna.

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Nino Carvalho
Consultor e Professor Internacional. Autor do livro Metodologia PEMD.

Nino Carvalho

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Entendendo as Quatro Segmentações Principais para Criar a Verdadeira Persona

A verdadeira Persona do Cliente Individual é um conceito poderoso e revolucionário no mundo do marketing.

Ele é criada pela junção de 4 diferentes tipos de segmentação: geográfica, demográfica, psicográfica e comportamental. Tendo essa última segmentação um maior peso.

Veja a definição de cada um dos tipos de segmentação mais comuns (sem ser academicamente metódico):

Segmentação Geográfica

A Segmentação geográfica

A segmentação geográfica é uma ferramenta poderosa para alcançar um público específico e aumentar a eficiência no mercado.

Ela  divide o público-alvo em regiões e, por isso, é possível direcionar o marketing de forma eficiente, adaptando as estratégias de comunicação e distribuição.

Além disso, permite identificar novas oportunidades de mercado em regiões mal atendidas pela concorrência. No entanto, é necessário fazer uma análise cuidadosa dos dados e informações relevantes de cada região. 

Fatores geográficos que influenciam na criação de uma persona

Primeiro, a segmentação geográfica é essencial para entender como a localização afeta o comportamento do cliente.

Por exemplo, uma pessoa que vive em uma cidade litorânea pode ter preferências diferentes de alguém que mora em uma região montanhosa.

Essas diferenças geográficas podem influenciar nas escolhas de produtos de beleza, como a preferência por maquiagens mais leves e naturais em locais de clima quente.

Segmentação demográfica

A Segmentação Demográfica

Ao dividir o mercado em segmentos com base em características demográficas, as empresas podem adaptar suas estratégias e campanhas de acordo com as necessidades e preferências de cada grupo, aumentando as chances de sucesso e crescimento.

Algumas variáveis mais comuns nesse tipo de segmentação são: gênero, idade, religião, status de relacionamento, renda, etc.

Ainda é uma segmentação muito importante a ser considerada nas estratégias de marketing.

Fatores demográficos que influenciam na criação de uma persona

A segmentação demográfica também desempenha um papel importante na criação da persona, confira como.

Fatores como idade, gênero e renda podem impactar nas preferências do cliente. Por exemplo, uma mulher jovem pode preferir maquiagens coloridas e vibrantes, enquanto uma mulher mais madura pode optar por produtos que ajudem a disfarçar os sinais de envelhecimento.

Segmentação Psicográfica

A segmentação psicográfica

A segmentação psicográfica permite às empresas entender e alcançar seu público-alvo de forma eficaz, focando nos traços de personalidade e estilo de vida dos consumidores.

Assim, podem desenvolver estratégias de marketing direcionadas, identificar oportunidades de mercado e criar produtos relevantes.

É essencial investir tempo e recursos na análise cuidadosa dos dados e no entendimento das preferências do consumidor para garantir a precisão e eficiência da segmentação psicográfica.

As variáveis na segmentação psicográfica, como personalidade, estilo de vida e valores, influenciam as preferências de compra e comportamento do consumidor. 

Como a personalidade e os valores influenciam na criação de uma persona

A segmentação psicográfica vai além dos aspectos demográficos e analisa a personalidade e os valores do cliente. Para criar uma persona efetiva, é essencial entender os interesses e estilo de vida do público-alvo.

Por exemplo, uma pessoa que é adepta do estilo de vida vegano pode preferir produtos de maquiagem cruelty-free e com ingredientes naturais.

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A Segmentação Comportamental

A segmentação comportamental é uma estratégia de marketing que divide os consumidores em grupos com base em seus comportamentos, interesses e hábitos de compra

Existem várias maneiras de realizar essa segmentação, como analisar o histórico de compras dos clientes ou observar seu comportamento online.

Como o comportamento de compra do cliente afeta a criação da persona

Por fim, a segmentação comportamental analisa o comportamento de compra do cliente. Isso inclui analisar as atitudes e hábitos de consumo.

Por exemplo, as preferências do consumidor por maquiagem variam de acordo com preço, qualidade, variedade de cores, reputação da marca, embalagem, durabilidade e forma de produção.

Sabendo disso, para atender a todas essas necessidades, as empresas devem oferecer opções de maquiagem de alta qualidade e preços acessíveis, alcançando assim um público amplo e aumentando as vendas.

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A Persona do Cliente Individual

Ao combinar essas quatro segmentações de forma sistemática e tecnológica, é possível criar a persona do cliente individual, e aplicar o Marketing Individual como vimos na sessão de segmentação.

Esta é uma metodologia complementar às tradicionais técnicas de segmentação e utiliza o Big Data para obter insights aprofundados sobre cada cliente, segundo  Kotler, Kartajaya e Setiawan (2021, p.178)

Com base nesses insights, as empresas podem criar estratégias de marketing ultra personalizadas, atendendo às necessidades e preferências únicas de cada cliente.

Mas, como criar uma Persona do Cliente Individual?

Para colocar em prática esse tipo de segmentação alguns componentes precisam estar bem estabelecidos, são eles:

  1. Time com ótima maturidade de marketing. É necessário um time muito qualificado e com um bom know how sobre segmentação de marketing e tecnologia;
  2. Sistema de Database Marketing implementado: um CRM integrado com as demais soluções de negócios da empresa;
  3. Aplicação de técnicas de Data Science sobre o Big Data presente no Database Marketing para segmentação one to one;
  4. Ciclo de testes e validações da eficácia das segmentações;
  5. Documentação e compartilhamento dos resultados com o time de negócio para retroalimentação do sistema.

Quando a segmentação estiver validada, o time de marketing precisará planejar e colocar em prática ações comunicativas para cada Persona do Cliente Individual por meio de um CRM.

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Nesse caso, como será impossível criar manualmente uma linha comunicativa para cada perfil, uma vez que podem ser milhares de perfis diferentes, recorre-se à segmentação comportamental e/ou psicográfica para agrupar um maior número de perfis mais homogêneos, ou seja, clusters que representam grande parte dos indivíduos com comportamentos e preferências semelhantes.

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Dessa forma, a análise de agrupamentos por preferências e comportamentos que geram mais valor aos clientes e à empresa, serão os drives para parametrizar as variáveis que serão usadas no CRM para as ações de comunicação one to one, em canais como:

Dificuldades na criação de uma Persona do Cliente Individual

Como vimos, a criação de uma Persona do Cliente Individual não é uma tarefa simples de criar ou de executar. Nesse sentido, veja as principais dificuldades de implementar esse tipo de segmentação.

É necessário ter conhecimentos avançados em Data Science e Big Data para aproveitar ao máximo o potencial da persona do cliente individual.

Essas áreas do conhecimento são fundamentais para a análise e interpretação dos dados coletados, bem como para a identificação de padrões e tendências que podem ser usados na criação da persona do cliente individual.

Além disso, é essencial contar com profissionais altamente qualificados nesses campos, que possam aplicar as técnicas adequadas e utilizar as ferramentas certas para extrair insights valiosos dos dados.

A expertise desses profissionais é fundamental para garantir que a persona seja precisa e eficaz na personalização das estratégias de marketing.

Além do conhecimento e da expertise dos profissionais, também é necessário ter uma base de alta tecnologia para lidar com o volume e a complexidade dos dados envolvidos.

O processamento e a análise de grandes quantidades de dados exigem sistemas e infraestrutura robustos, capazes de lidar com a velocidade e a variedade dos dados.

Por fim, é importante ressaltar que todas as áreas da empresa precisam estar envolvidas no processo de criação e implementação da persona do cliente individual.

Desde o departamento de marketing até o setor de tecnologia da informação, todas as áreas devem trabalhar em conjunto para garantir o sucesso da estratégia.

Portanto, é preciso:

  • investir em conhecimentos avançados em Data Science e Big Data,
  • contar com profissionais qualificados,
  • ter um um database marketing de alta tecnologia  e
  • envolver todas as áreas da empresa, são elementos essenciais para aproveitar ao máximo o potencial da persona do cliente individual. 

Conclusão

Ao entender as complexidades de cada cliente, as empresas podem oferecer produtos e serviços personalizados, aumentando a satisfação e fidelização. Essa abordagem de marketing one to one, baseada na criação de personas do cliente individual, é uma estratégia poderosa para se destacar no mercado.

Com a segmentação adequada e o uso de tecnologias como Data Science e Big Data, é possível obter insights valiosos sobre os clientes, desenvolver campanhas direcionadas e oferecer soluções customizadas.

Portanto, investir em conhecimentos avançados e contar com profissionais qualificados são elementos essenciais para aproveitar ao máximo o potencial da persona do cliente individual.

Já conhecia esse conceito de Persona do Cliente Individual?

Então compartilhe com seus amigos marketeiros esse post e ajude a mudar a mentalidade errada que há muito tempo  fui difundida sobre a Persona (do senso comum), a qual a mesma se tornou non grata. (Carvalho, 2023)

Lembre-se: 

A Verdadeira Persona só pode ser criada com Big Data num ambiente que o Database Marketing já existe. Do contrário, tudo que ouviu por aí é somente um reducionismo que não terá efeito prático para uma segmentação eficaz.

WEBISAAC-FOTO-BG-TRANSPARENTE

Isaac Batista
Consultor de Marketing e Especialista em Data Science

Referências Bibliográficas:

- SOLOMON, Michael. O comportamento do consumidor: comprando, possuindo e sndo. Porto Alegre: Bookman, 2016.

- Kotler, P., Kartajaya, H. & Setiawan, I. Marketing 5.0. Rio de janeiro: Sextante, 2021.

- GUMMESSON, Evert. Marketing de relacionamento total. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2010

- CARVALHO, Nino. Metodologia PEMD: Planejamento Estratégico de Marketing na Era Digital. 1. ed. São Paulo: DVS Editora, 2023

- CHURCHILL Jr. G. A.; PETER, J.P. Marketing: Criando Valor para o Cliente. 2ª ef. São Paulo: Saraiva, 2010.

- KOTLER, PhilipAdministração de marketing: a edição do novo milênio. São Paulo:Pearson Prentice Hall, 2002;

- KOTLER, Philip. Administração de marketing. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2000.

- KOTLER, Philip; ARMSTRONG, Gary. Princípios de Marketing. 12. ed. São Paulo: Pearson, 2007.

- KOTLER, Philip; KELLER, Kevin Lane. Administração de marketing. 15. ed. São
Paulo: Pearson Education do Brasil, 2018.

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